As beleza natural da universidade joinvilense

Correndo o risco de parecer pedante ou coisa parecida, adoro ser lido quando escrevo. Ontem, depois de postar no meu blog enviei o texto para várias pessoas via correio eletrônico, bem como imprimi uma cópia e passei a algumas pessoas. Fui então questionado hoje se, nos meus quatro anos de UNIVILLE, não tinha visto nada positivo nesse lugar e no curso! Resolvi escrever.

Claro que vi! Não vejo prazer na dor e teria saído rapidinho do curso se ele não tivesse qualidade. No corredor de História encontrei amigos e professores que mudaram completamente a minha vida, a graduação me ajudou a sair da posição de moleque imbecil do litoral do Paraná para ser esse projeto de homem que sou agora. Li textos, conheci livros, conheci filmes, conheci cervejas, fiz pesquisa (apesar das minhas críticas ao modelo de pesquisa que a instituição apresenta, mas fiz) e abri minha mente ao mundo e, com certeza, a UNIVILLE tem uma grandiosa participação nisso.

Entretanto não se pode entrar em uma outra síndrome[1] existente nesse mundo conhecida como “Mal de Pelo Menos.” Esse mal muitas vezes ajuda esconder algumas falhas que se deve apontar com clareza. Por exemplo: a instituição aumenta a mensalidade sem consultar estudantes? Mas pelo menos ela não entra em greve! Não dá abertura a movimentações artísticas? Mas pelo menos tem a Semana da Comunidade. Assim o discurso segue e, ao invés de crescermos, vamos perpetuando problemas e legitimando um ciclo vicioso de falta de melhora da qualidade educacional e de vida.

Acredito ainda que, se pode acontecer mudança da ordem social vigente, o processo começa através da educação, mas uma educação que com toda a certeza não é essa que estamos tendo nos colégios e nas universidades. Isso que escrevo não é a nível municipal, trata-se do Brasil inteiro e talvez grande parte do mundo. Os elementos positivos estão presentes, mas não escondem os pontos obscuros.


[1] No último texto me referi a Síndrome de Gabriela.

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