UNIVILLE x SOCIESC

Foi publicado hoje no Jornal A Notícia, mais precisamente na coluna de Jéferson Saavedra, um texto citando o descontentamento da UNIVILLE em ver a SOCIESC ditando o ritmo da educação joinvilense. Fiquei muito feliz com o posicionamento da instituição, pois quando eu critico a situação atual do ensino que se torna cada dia mais preparo de mão-de-obra não construção de conhecimento, a SOCIESC é um ícone desse processo, tal como Coca-Cola é sinônimo de capitalismo.

O trecho da carta assinada pelos chefes dos departamentos de licenciatura me chamou muita atenção e eu reproduzo aqui:

"A qualidade do ensino da rede pública de Joinville não está vinculada somente a conceitos gerenciais introduzidos por ocupantes de cargos políticos e administrativos, mas, principalmente, pela qualidade dos professores e gestores que atuam nas escolas". (Fonte Jornal A Noticia)

Depois de elogiar, chega o momento de pontuar algumas contradições. Essa qualidade do ensino vinculada à qualidade dos docentes não acontece apenas no Ensino Básico, mas também é a realidade no Ensino Superior. Precisa-se de bons professores para formação de bons professores. Nesse contexto a realidade das licenciaturas da UNIVILLE é preocupante.

Inicia-se a crítica pela alta mensalidade, que exclui muitos cidadãos da possibilidade ingresso no curso, bem como de concluí-lo. Estudantes que trabalham o dia inteiro para manter-se estudando, e não tem tempo hábil para conseguir ler a bibliografia básica, muito menos vivenciar o ambiente acadêmico, trazendo vida aos prédios do campus, pois, ensino universitário está muito além das salas de aula.

E a qualidade docente? Existem muitos professores despreparados e desmotivados, mas com sua cadeira garantida na UNIVILLE. As avaliações institucionais são quantitativas e fracas, pois se detectam problemas nada acontece ou, no máximo, há uma “chamada de atenção” por parte do chefe de departamento. Falta ainda lembrar que o Reitor se colocou a favor do Ensino à Distância publicamente.

Alguém pode perguntar se os estudantes não fazem nada contra essa realidade. Alguns fazem, mas estão de mãos muito atadas. Não podemos nos expressar nas paredes, não contamos com a representatividade do DCE e, o mais importante, nosso voto vale muito pouco em uma eleição para Reitor.

A crítica da UNIVILLE é importantíssima, mas ela não vive o que está pregando. Não é o que os poucos estudantes (aqueles que tem um mínimo tempo de ter uma vida acadêmica) e o que os professores realmente preocupados com a educação vêem dentro dessas paredes. Vale a pena continuar a cobrança.

Um comentário:

Maikon K disse...

que paulada
:-)
maikon k.
www.vivonacidade.blogspot.com