Democracia militar?

Hoje, ao folhear o Jornal A Notícia, encontrei essa carta enviada a mídia discutindo o julgamento de torturadores durante a Ditadura Militar.

O historiador Apolinário Ternes, em seu artigo de domingo (página 15), escreveu um texto claro, preciso e conciso, de enorme lucidez, sobre fatos passados e presentes da história brasileira contemporânea. Mas é preciso ler e reler o texto para assimilar a mensagem subjetiva, que é a mais importante. Parabéns ao sr. Ternes pela visão ampla, pela coragem e pelo interesse patriótico por nosso País. Já o leitor Bruno Bello (leia a carta de Bruno aqui.), em carta publicada na edição de ontem (página 10), demonstra que tem ressentimentos contra as Forças Armadas brasileiras. Parece que ele leu, mas não entendeu a mensagem daquele historiador. Como estaria, hoje, o nosso País se não tivesse havido a intervenção militar? Haveria democracia no Brasil? Teríamos uma pátria para chamá-la de nossa?
José do Nascimento - Joinville
Indignado, enviei essa resposta ao Jornal:

Ao ver a carta de José do Nascimento presente hoje no Jornal A Noticia, o medo e indignação tomaram conta do meu dia, principalmente depois de lido o seguinte trecho: “Como estaria, hoje, o nosso País se não tivesse havido a intervenção militar? Haveria democracia no Brasil?”. A Ditadura Militar no Brasil, como em outros lugares da América Latina, torturou e matou centenas de pessoas presas sem nenhuma espécie de direito civil ou preocupação sobre direitos humanos, a maioria simplesmente por posicionamento ideológico contrário. Há pessoas desaparecidas até hoje, e esse processo violento não pode ser legitimado pela fala de luta pela democracia! Nenhuma manifestação violenta e desumana é justificável, nunca, mesmo num discurso demagogo de busca de liberdade. Qual foi a liberdade militar? A liberdade de violentar sem conseqüências?

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