Eu estava fuçando Orkut alheio hoje, andando de um lado para o outro, até que cheguei a um álbum de fotos chamado “Festa V.I.P.”! Nesse momento algo me ocorreu: alguém já parou pra pensar na burrice enorme que é achar positivo estar em uma festa onde apenas um grupo seleto de pessoas pode entrar?
Claro que se você faz uma festa não é obrigado a convidar toda a cidade em que você mora, nem mesmo toda a sua gama de conhecido/amigos, mas não é desse tipo de festa que eu estou falando e, ao que parece, não é esse tipo de festa que o álbum se referia. Tratava-se de uma comemoração onde apenas os “melhores” poderiam participar, tornando se assim um atestado de superioridade o fato de ter fotos dentro do evento. Ou seja: eu fico feliz em poder provar que sou melhor do que os outros?
Tenho também um álbum chamado VIP, mas é no sentido de pessoas que são muito importantes para a minha vida, tendo assim fotos de momentos nossos nesse local. Mas o que me chamou atenção, e ainda estou refletindo sobre isso, é como as esferas do egoísmo, do preconceito e da discriminação são inúmeras e, às vezes, as tratamos com naturalidade e nem percebemos que as estamos legitimando.
Colocar-se como freqüentador de festas VIP é, de certa forma, uma violência contra as pessoas que não podem participar desses ambientes, pelos mais variados motivos. Assim, o grupo excluído, acaba assumindo para si uma inferioridade social que é transportada para outros momentos de sua vida. Essas pessoas podem chegar a acreditar não serem importantes suficientes para ter uma história, e muito menos força para poder mudar a sua história, mantendo estável essa estrutura social injusta em que vivemos. Uma mudança, muitas vezes, tem que ser muito maior do que aparenta.
Claro que se você faz uma festa não é obrigado a convidar toda a cidade em que você mora, nem mesmo toda a sua gama de conhecido/amigos, mas não é desse tipo de festa que eu estou falando e, ao que parece, não é esse tipo de festa que o álbum se referia. Tratava-se de uma comemoração onde apenas os “melhores” poderiam participar, tornando se assim um atestado de superioridade o fato de ter fotos dentro do evento. Ou seja: eu fico feliz em poder provar que sou melhor do que os outros?
Tenho também um álbum chamado VIP, mas é no sentido de pessoas que são muito importantes para a minha vida, tendo assim fotos de momentos nossos nesse local. Mas o que me chamou atenção, e ainda estou refletindo sobre isso, é como as esferas do egoísmo, do preconceito e da discriminação são inúmeras e, às vezes, as tratamos com naturalidade e nem percebemos que as estamos legitimando.
Colocar-se como freqüentador de festas VIP é, de certa forma, uma violência contra as pessoas que não podem participar desses ambientes, pelos mais variados motivos. Assim, o grupo excluído, acaba assumindo para si uma inferioridade social que é transportada para outros momentos de sua vida. Essas pessoas podem chegar a acreditar não serem importantes suficientes para ter uma história, e muito menos força para poder mudar a sua história, mantendo estável essa estrutura social injusta em que vivemos. Uma mudança, muitas vezes, tem que ser muito maior do que aparenta.
4 comentários:
deixei comentário do texto anterior...
eu não vip, mas voltei.
º i nu în acel album!
Existe festa VIP? Sempre achei que VIP fosse um local da festa onde estivessem apenas os convidados "importantes".
A idéia de festa VIP não me entra na cabeça. Se eu convido alguém para uma festa, presumo que a pessoa seja importante. Teoricamente, toda festa com convite é VIP, não?
Postar um comentário